Capital Curitiba está na final em evento nacional de mobilidade



 Os projetos de Curitiba rumo à eletromobilidade no transporte público e de ampliação da mobilidade ativa garantiram à capital paranaense a classificação como finalista do Prêmio BYD Mobilidade Estadão 2024.

A cidade tem investido continuamente em propostas que aliam a melhoria do transporte público para a população e a redução na emissão de gás carbônico na atmosfera. O foco está na implantação de veículos elétricos nas frotas do município, melhorias na caminhabilidade aos pedestres e rede de ciclovias para os ciclistas.

"É com alegria que Curitiba recebe mais esse reconhecimento do trabalho da Prefeitura que fortalece a cidade e promove seu crescimento contínuo e sustentável, com olhos no futuro, oferecendo conforto, inovação e melhorias no transporte público e cumprindo com o dever global de preservar o meio ambiente”, diz o prefeito Rafael Greca.

Na premiação promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, Curitiba concorre com suas inovações em transporte e mobilidade na categoria Cidade Destaque em Mobilidade com outras duas capitais: Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

 A vencedora será conhecida na noite de 11 de dezembro, durante cerimônia no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo (SP). Em sua quarta edição, o Prêmio BYD Mobilidade Estadão 2024 reconhece iniciativas em cinco trilhas, totalizando 37 categorias, quatro delas escolhidas por voto popular.

Os concorrentes de cada categoria foram selecionados pelas equipes de especialistas do Jornal do Carro, do Estradão, do MotoMotor e do caderno e portal Mobilidade, que também irão apontar os vencedores de cada trilha.

Diversos aspectos serão levados em conta pelos especialistas do júri para a escolha da cidade ganhadora. Entre eles estão políticas de segurança viária, medidas de incentivo ao transporte público, fomento à mobilidade ativa, como infraestrutura para pedestres e ciclistas, integração envolvendo diferentes meios de transporte, entre outros.

Cidade que se reinventa

Em reportagem publicada nesta quarta-feira (6/12), o Estadão destacou fatores que renderam à cidade a vaga na final da premiação.

 “A capital paranaense, que lançou, no Brasil, há 50 anos, o BRT (bus rapid transit), ou ônibus de trânsito rápido, e foi modelo de mobilidade para o mundo, hoje busca formas de reinventar seu sistema de transporte coletivo”, destacou a publicação.

A matéria também ressaltou que a cidade implementa diversas ações, parte de um plano maior, de ação climática, com estratégias focadas na mobilidade, como a descarbonização do transporte coletivo, desenvolvimento da mobilidade ativa e planejamento e operação para a mobilidade de baixo carbono.

Na prática

Eleita cidade mais inteligente do mundo, em novembro, por seu projeto de sustentabilidade, Curitiba tem iniciativas em mobilidade e inclusão de veículos elétricos no transporte público, com os primeiros 70 ônibus elétricos previstos para iniciar a circular no primeiro semestre de 2024, além da instalação de painéis fotovoltaicos em terminais de transporte coletivo, da inclusão de automóveis elétricos nas frotas da Guarda Municipal e de táxi, em veículos-teste em comodato com a Renault.

Curitiba conta, também, com a Muralha Digital, um sistema integrado de câmeras que, no trânsito, faz o reconhecimento de placas, em tempo real, cruzando com informações da área de segurança pública, a fim de dar mais tranquilidade à população.

Além disso, a cidade investe na melhoria da infraestrutura de calçadas, com o programa Caminhar Melhor, e cicloviária, com o Plano Cicloviário de Curitiba, que estimulam a mobilidade ativa. No caso das ciclovias, até o fim de 2024 Curitiba terá mais de 400 quilômetros de Estrutura Cicloviária espalhada pelos bairros.

Em parceria com a TemBici, a cidade conta com o serviço de uso compartilhado de 500 bicicletas (mecânicas e elétricas), dispostas em 50 estações.

Novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste

Em novembro, a Prefeitura iniciou as obras de infraestrutura viária do Novo Inter 2, a plataforma de entrada dos ônibus elétricos na Rede Integrada de Transporte (RIT). O projeto faz parte do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, que tem US$ 106,7 milhões em recursos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para Aumento da Capacidade e Velocidade do Inter 2/Interbairros II, além de contrapartidas do município.

Outro exemplo de modernização nos modais do transporte público para a redução de emissões de gases do efeito estufa provenientes dos combustíveis fósseis é a implementação do BRT Leste-Oeste, importante corredor de ligação metropolitana entre Curitiba e Pinhais.

Ao longo do percurso do BRT Leste-Oeste, estão previstas intervenções que vão permitir a intermodalidade no transporte, com incentivo ao uso de bicicletas e modais compartilhados, além de estimular a modalidade ativa, com melhores condições de caminhabilidade e acessibilidade nas áreas dos entornos das estações.

Para incentivar a aquisição e o uso de carros elétricos pela população, a Prefeitura oferta o carregamento de bateria em estacionamento administrado pela Urbs, com equipamento doado pela Rinno Energy. Os veículos elétricos estão isentos de taxa para estacionar em vagas do Estar.

Cidade de 15 minutos

O prefeito Rafael Greca também tem dialogado com outras cidades integrantes do C40 sobre estratégias de zero emissão de CO2 e políticas de cidades de 15 minutos (conceito urbano no qual a maioria das necessidades diárias pode ser atendida a pé ou de bicicleta a partir das casas dos moradores).

A rede C40 (Rede de Grandes Cidades para Liderança Climática) é um grupo que conecta prefeitos e líderes de diversos setores de quase 100 cidades no mundo para discutir medidas urgentes e de grande impacto no enfrentamento da crise climática.

(Texto: SMCS. Foto: Daniel Castellano / SMCS)

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