Oficina da Universidade Estadual de Maringá promove inclusão de pessoas com deficiência



 A Universidade Estadual de Maringá (UEM) dá mais um passo em direção ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Desta vez, a Educação de Qualidade (ODS 4), a Vida na Água (ODS 14) e a Vida Terrestre (ODS 15) são o foco do projeto de extensão “A conservação da fauna via educação científica”, do Departamento de Biologia (DBI).

O projeto promove atividades educativas, bem como estudos científicos no Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi/UEM), no âmbito escolar e junto à comunidade externa, sobre a fauna da região de Maringá. A novidade é que, a partir do próximo ano, a oficina “Zoologia Sensorial: um encontro inclusivo com a fauna” estará incorporada às atividades desenvolvidas pelo projeto.

Ofertada pela primeira vez, a oficina foi destinada aos alunos do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual de Maringá (CAP) e aos de outros municípios da região. Ela foi direcionada a pessoas cegas, com baixa visão, surdas e com deficiência auditiva, abrangendo alunos desde o ensino fundamental até o ensino superior.

Para Henrique Ortêncio Filho, coordenador do projeto, a oficina foi uma experiência transformadora. “Os participantes trouxeram perspectivas únicas, desafiando-nos a repensar metodologias inclusivas. Essa vivência reforçou a relevância de buscarmos caminhos mais acessíveis e sensíveis às diferenças”, compartilha o docente do DBI.

A docente Marion Machado, uma das organizadoras da oficina, acrescenta que a atividade possibilitou aos monitores a experiência de desenvolver a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro, além de permitir uma reflexão sobre a importância e a perspectiva de preparar os alunos da licenciatura para o ensino inclusivo.

Durante as atividades propostas, os participantes visitaram os laboratórios de zoologia da UEM e, por meio dos sentidos, como o tato e a audição, exploraram animais da fauna brasileira. “Por meio de peças taxidermizadas, esqueletos e representações táteis, os estudantes puderam construir um entendimento único e concreto sobre os animais, suas características e o ambiente em que vivem”, relata a professora Erica Souza, do Colégio Estadual Cívico-Militar Serafim França.

O evento reuniu cerca de 40 participantes, além de 12 professores, vindos de Maringá, Astorga, Mandaguari, Cianorte e Marialva. A coordenação foi realizada pelos professores Henrique Ortêncio Filho e Marion Machado. A oficina também foi conduzida e monitorada pelos alunos do curso de Ciências Biológicas e do Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada (PGB/UEM). O evento contou com o apoio de Marine Fonseca, Ricardo Alexandre, Renata Adriana, Maria Aparecida de Angeli e Regina Prado, técnicos do CAP. 

(Ana Laura Correa/UEM)

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